06 de Setembro de 2019, 08:25
  -  Justiça - São Miguel do Araguaia
Pouco depois de renunciar ao cargo, ex-prefeito de São Miguel do Araguaia é preso sob acusação de tráfico de drogas

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira, 4, a Operação Ozark-Narco que investiga criminosos ligados ao tráfico internacional de drogas. Segundo informações da Polícia Federal, um dos integrantes do grupo é o ex-prefeito de São Miguel do Araguaia (GO), Nélio Pontes Cunha (PSDB).

 

Também fazia parte do grupo criminoso um ex-aliado de Beira-Mar, Leonardo Dias Mendonça, também conhecido como “Barão do Tráfico”. Ele atuava na logística do grupo dando suporte para importação e remessa da droga.

 

Em entrevista coletiva, a PF deu detalhes de como funcionava o esquema desarticulado pela operação que até agora já cumpriu 24 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão. Ainda há um mando de prisão para ser cumprido, as equipes da PF estão na rua. Nas buscas, a polícia apreendeu 15 veículos que juntos valem mais de R$ 2,5 milhões.

 

As investigações contaram com a ajuda de diversos países que não foram revelados. A expectativa é de que o grupo tenha altos valores em diferentes moedas. A princípio, os trabalhos estão centrados apenas no tráfico de drogas, mas será apurado também a prática de lavagem de dinheiro, numa segunda fase das investigações.

 

Os ilícitos eram transportados via aeronaves de pequeno porte. Os investigadores trabalham com a possibilidade de Goiás ter funcionado como local estratégico de armazenamento da carga. Há indícios de que o grupo também despachava parte da droga por meio de conteiners em navios e utilizando mulas no transporte da droga em voos comerciais para outros países.

 

Ao todo, a Polícia Federal cumpre 50 mandados judiciais. O quantitativo é dividido entre mandados de prisão e mandados de busca e apreensão. Todos foram expedidos pela 5ª Vara Federal de Goiás. A Operação conta com cerca de 130 policiais federais em atividade.

 

O dinheiro levantado pela ação dos traficantes era supostamente utilizado para aquisição de empresas em diferentes segmentos comerciais. De acordo com a PF, o grupo estava comprando uma faculdade em Goiás e tinha a intenção de comprar um aeródromo, tudo com o dinheiro do tráfico. Além de Goiás, o grupo atuava também em São Paulo, Pará, Minas Gerias e no Distrito Federal.

 

Fonte: Jornal Opção

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