O tufão Hagibis, um dos mais fortes a atingir o país nas últimas décadas, chegou ao Japão neste sábado (12) com fortes ventos, provocando inundações e deslizamentos. Duas pessoas morreram, 90 ficaram feridas e 10 estão desaparecidas, de acordo com a emissora japonesa NHK.
Milhões de pessoas ficaram confinadas em casa e as ruas ficaram desertas na capital, Tóquio. Os aeroportos de Haneda (Tóquio) e Narita (Chiba) suspenderam mais de mil voos - principalmente domésticos. Mais de 430 mil casas estão sem energia elétrica.
As autoridades emitiram alertas e ordens para deixar as casas para mais de 6 milhões de pessoas em todo o país, segundo a Reuters agência de noticías. Cerca de 17 mil policiais e militares foram mobilizados para as operações de resgate.
O tufão tocou o solo em Shizuoka, na península de Izu, no sudeste de Tóquio, às 19h (no horário local). Um terremoto de magnitude 5,7 sacudiu Tóquio logo depois.
A tempestade, que o governo disse ser a mais forte a atingir Tóquio desde 1958, trouxe uma quantidade de chuva recorde em muitas áreas, incluindo a popular cidade turística de Hakone, com 939,5 mm em 24 horas.
Os operadores de trens suspenderam extensivamente os serviços de trens-bala, enquanto muitas linhas de trem e metrô em Tóquio também ficaram inativas na maior parte do sábado. Normalmente, os movimentados bairros de entretenimento e compras, como Shibuya e Ginza, estavam desertos.
Mesmo depois que o tufão se afastou da capital, um especialista alertou para novas inundações, já que várias prefeituras vizinhas começaram a liberar água das barragens, deixando-a fluir rio abaixo para evitar rompimentos.
"A situação agora está pior do que na noite passada", disse Nobuyuki Tsuchiya, diretor do Centro de Pesquisa de Riverfront do Japão, à Reuters.
Mortos
O tufão deixou dois mortos até o momento. "Um homem de 49 anos foi encontrado morto em uma caminhonete virada", disse Hiroki Yashiro, porta-voz do departamento de Bombeiros de Ichihara, em Chiba. Uma pessoa morreu no desabamento de uma casa em Tomioka.