26 de Outubro de 2019, 12:07
  -  Política - Brasília
Governo assina intenções de cooperação com a China em áreas como ciência e energias renováveis

O governo brasileiro assinou, nesta sexta-feira (25), memorandos de entendimento sobre cooperação em várias áreas, como operações financeiras, energias renováveis e eficiência energética, educação, ciência e agronegócios. Os memorandos, que foram assinados pelos ministros e autoridades de cada área, são intenções de colaboração futura e não trazem detalhes de como funcionariam na prática.

 

 

O presidente Jair Bolsonaro, que está na China desde quinta (24), e se encontrou nesta manhã com o presidente chinês Xi Jinping. A prioridade da visita de Bolsonaro ao gigante asiático é ampliar a relação comercial entre os dois países, segundo o presidente. A China é o principal parceiro comercial do Brasil, com US$ 70 bilhões negociados em 2017.

 

 

A viagem faz parte de um giro de 12 dias por países da Ásia e do Oriente Médio. Bolsonaro também esteve no Japão, onde participou da entronização do imperador Naruhito, e ainda deverá ir aos Emirados Árabes, ao Catar e à Arábia Saudita.

 

 

Veja os termos assinados:

 

  • Memorando de entendimento de cooperação entre o Ministério das Relações Exteriores do Brasil e o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China: pretende ampliar a cooperação e tornar mais regulares os contatos entre o Ministério das Relações Exteriores do Brasil e o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.
  • Acordo para reconhecimento mútuo de operadores econômicos autorizados: a ideia é facilitar os benefícios oferecidos pela aduana a operadores considerados de baixo risco.
  • Memorando de entendimento sobre cooperação em energias renováveis e eficiência energética: pretende estabelecer a base para um relacionamento institucional colaborativo de cooperação bilateral nas áreas de energias novas e renováveis e eficiência energética.
  • Memorando de entendimento entre a Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Fundação Nacional de Ciência Natural da China (NSFC): o objetivo é desenvolver a colaboração internacional entre as duas instituições, contribuindo para o intercâmbio acadêmico, educacional e científico entre docentes, pesquisadores e pós-doutorandos de instituições brasileiras e chinesas.
  • Memorando de entendimento sobre programa bilateral de intercâmbio de jovens cientistas: pretende expandir os canais de comunicação entre jovens cientistas e pesquisadores de Brasil e China e aprofundar a colaboração científica e tecnológica entre os dois países.
  • Protocolo sanitário para exportação de carne bovina termoprocessada: estabelece os requisitos para permitir a exportação de carne termoprocessada do Brasil à China.
  • Protocolo sanitário para exportação de farelo de algodão (usado como ração animal): estabelece os requisitos para permitir a exportação de farelo de algodão do Brasil para a China.
  • Memorando de entendimento entre a Embrapa e a Academia Chinesa de Ciências (CAS) para a criação de laboratórios conjuntos voltados ao melhoramento e desenvolvimento da soja: pretende fomentar a cooperação em ciência e tecnologia por meio de projetos conjuntos. O primeiro deve ser um “laboratório virtual” Brasil‐China que desenvolverá pesquisas nas áreas de caracterização de germoplasma, edição de genoma e genética funcional na cultura da soja.
  • Acordo entre a Universidade Federal de Goiás e a Faculdade de Medicina de Hebei sobre o estabelecimento de Instituto Confúcio: prevê o estabelecimento de Instituto Confúcio na Universidade Federal de Goiás. O instituto prevê aulas de mandarim, cultura chinesa e medicina tradicional chinesa. Já existem, no Brasil, 10 unidades do Instituto Confúcio.
  • Memorando de entendimento entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a CTG Brasil – China Three Gorges Brasil Energia LTDA: a ideia é criar um centro de Pesquisa e Desenvolvimento voltado para a área de geração de energia limpa.

 

 

Críticas à China

 

Nesta quinta-feira, o presidente brasileiro não quis falar sobre as críticas aos chineses feitas na campanha, quando disse várias vezes que incentivaria o país asiático a "comprar no Brasil, não a comprar o Brasil".

 

 

Em janeiro, uma viagem à China de deputados do PSL — partido do presidente — foi criticada pelo ideólogo do governo de Bolsonaro, Olavo de Carvalho e, segundo o blog da Andréia Sadi, causou mal-estar no Planalto. A avaliação de ministros ouvidos pelo blog na ocasião era de que o grupo estava “deslumbrado” e que a viagem iria desgastar a imagem do governo.

 

 

Em março, entretanto, o presidente anunciou que iria à China, a convite de Xi Jinping, e disse que a relação com o país iria melhorar.

 

Declaração conjunta

 

Nesta sexta, Bolsonaro e Xi Jinping divulgaram uma declaração conjunta afirmando que desejam aprofundar e fortalecer a parceria entre Brasil e China, "com base em igualdade, respeito e benefícios mútuos".

 

 

Os dois presidentes "saudaram os expressivos fluxos bilaterais de comércio traduzidos no nível recorde obtido em 2018". Também falaram sobre a intenção de "ampliar ainda mais a corrente comercial e comprometeram-se a estimular a diversificação dos produtos intercambiados".

 

 

Os dois lados ressaltaram a "cooperação frutífera em ciência, tecnologia e inovações e concordaram em incentivar a mobilidade de cientistas, a realização de pesquisas conjuntas e a colaboração entre parques tecnológicos, incubadoras e empresas de base tecnológica do Brasil e da China". Eles citaram o lançamento do satélite CBERS-4A no final de 2019 e falaram sobre o desejo de continuar a cooperar no campo espacial.

 

Fonte: G1-GO

 

 

 

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