21 de Janeiro de 2020, 12:41
  -  Tragédia - Trindade
Atualização: Polícia pede nova perícia em busca de 'provas materiais' na casa onde irmãos foram mortos em ação da PM

A Polícia Civil disse que vai solicitar uma perícia complementar para analisar possíveis novas "provas materiais" do inquérito que apura a morte dos irmãos Kaleb e Victor de Paula Araújo, de 18 e 21 anos.

 

Eles foram mortos em um suposto tiroteio com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), no quintal da casa deles, em Trindade, Região Metropolitana de Goiânia.

 

Os jovens foram baleados no último dia 6 de janeiro, durante abordagem policial que investigava uma denúncia de tráfico de drogas, no setor Maysa 2. Os agentes dizem que foram recebidos a tiros, mas a família nega que houve confronto.

 

De acordo com o delegado André Fernandes, a nova perícia foi solicitada pela defesa dos quatro policiais envolvidos no caso durante o depoimento deles, realizado na segunda-feira (20). O teor das oitivas não foi revelado. O advogado do grupo, Paulo Guilherme Domingues Bastos, não quis falar com a imprensa sobre as declarações de seus clientes.

 

"É uma perícia dentro da residência, relacionada a uma prova material. Foi um pedido da defesa e acho que podemos proceder com a análise desse vestígio. Já está na reta final [a investigação]. É isso que a gente pode antecipar", afirmou o delegado.

 

A Polícia Técnico-Científica já realiza perícia em outras duas frentes: uma em armas que, segundo os policiais, foram apreendidas no local, e em resíduos de munição, também recolhidos na residência.

 

À TV Anhanguera, a corporação informou que está analisando as impressões digitais encontradas nas armas apreendidas e que depois iniciará os exames de balística na munição. Não há um prazo para o fim do processo.

Versões opostas

 

A ocorrência registrada na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Trindade relata que os militares tentaram uma abordagem na área externa da casa, mas os irmãos correram para dentro da residência. A equipe decidiu então averiguar o local. Foram recebidos a tiros, segundo a ocorrência, e houve confronto no quintal da casa.

 

Os jovens foram socorridos com vida pelo Corpo de Bombeiros. A equipe os encaminhou a um hospital, onde morreram.

 

Por sua vez, o pai das vítimas, Eligar Silva, motorista de ônibus, alega que não houve troca de tiros e os filhos foram executados. Ele informa que Victor Araújo tinha passagem na polícia por roubo. Porém, o mais novo era “inocente”.

 

"Eles foram executados com tiros no peito e na nuca. Eu tinha um filho com problema e sempre entregava ele à polícia. Mas é um ato de covardia pegar o mais novo para uma execução no fundo do quintal", afirma o pai.

 

A emissora também solicitou posicionamento da corregedoria da Polícia Militar, que não se manifestou.(informações G1-Goiás)

 
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