O Jornal tenta localizar a defesa das empresárias, pois, segundo a Polícia Civil, elas não apresentaram advogado até a publicação desta reportagem. Os nomes delas e dos motéis também não foram divulgados.

A corporação foi até os motéis na terça-feira (31), após denúncias anônimas. Ao chegar aos estabelecimentos, a delegada Yvve de Melo Rocha confirmou que os locais estavam realmente abertos.

"Verificamos outros que estavam fechados e dois que estavam abertos. Eles estavam com funcionários e clientes quando a gente chegou. Expliquei que estavam em desacordo e cometendo a infração de vigilância sanitária preventiva", disse ao Jornal

Yvve destacou que os motéis foram imediatamente fechados e os clientes foram embora. As proprietárias foram conduzidas a uma delegacia da cidade, onde assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foram liberadas.

No dia 20 de março, o Jornal publicou reportagem onde a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) orientava motéis a não funcionar durante a pandemia, mas alertou que não havia uma determinação para fechá-los, pois esses estabelecimentos não estavam contemplados com o decreto até então vigente.

No entanto, questionada sobre a questão, a delegada explicou que o último decreto editado pelo governo, no último dia 26 de março, inclui os motéis na lista de estabelecimentos que devem permanecer fechados.

"Houve a complementação ao decreto onde diz que qualquer atividade industrial, comercial e de prestação de serviço de natureza privada não-essencial estava suspenso [o funcionamento]. Nisso se inclui o motel", pondera.

Fonte:G1