O médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, ainda é alvo de denúncias no Ministério Público de Goiás (MP-GO). Do fim de junho até agora, três mulheres procuraram o órgão para formalizar depoimentos. Segundo assessoria do MP, os conteúdos estão em análise e podem ou não resultar em novas denúncias. Faria, que já foi condenado a 40 anos de reclusão por crimes sexuais, sempre negou as acusações e cumpre pena em prisão domiciliar atualmente, em razão da pandemia.
As novas iniciativas podem ter sido estimuladas pelo lançamento da série documental “Em nome de Deus”, que retrata os casos de abuso ocorridos na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia. A produção foi ao ar em 23 de junho, período que coincide com as três novas denúncias.
Promotor que compõe a investigação contra João, Luciano Meirelles, afirmou à redação do G1 Goiás que “toda vez que o caso vem à tona mais pessoas procuram o MP”. Segundo ele, muitas vítimas se repreendem por vergonha e receio, no entanto, no número de novos depoimentos pode ser maior, visto que há outros cinco promotores na força-tarefa montada para apurar os crimes.