30 de Setembro de 2020, 09:52
  -  Crime - Goiânia
Namorada agredida e baleada retira denúncia contra médico, mas polícia segue com investigação, em Goiânia

A mulher agredida e baleada pelo namorado médico Márcio Antônio Barreto Rocha, cirurgião plástico e sócio de um hospital no Setor Bueno, retirou a denúncia contra ele, mas a polícia afirmou que vai seguir com as investigações, em Goiânia. A delegada Paula Meotti disse que a vítima alegou que tudo foi um contexto do dia e que ele não representa risco a ela. A agressão foi filmada por câmeras de segurança.

 

“Ela entende que ele [ médico] não representa um risco para ela. Que foi tudo um contexto do dia, pois ele estava sem dormir algumas noites em virtude de um falecimento do tio. A gente vai continuar com as investigações normais, mesmo que ela não deseje mais”, disse a delegada .

 

Os advogados do médico não quiseram gravar entrevista  enviou um pedido de nota por aplicativo de mensagens para a defesa, às 8h59, e aguarda retorno.

 

 

O médico, de 55 anos, também foi baleado na perna e estava internado desde o dia do crime, na sexta-feira (25), em um hospital particular da capital. Ele estava acompanhado de agentes da corporação, já que havia sido preso em flagrante.

 

 

No início da tarde de terça-feira (30), o cirurgião deixou o hospital e foi levado para a delegacia. A Justiça converteu a prisão em flagrante para preventiva, considerando a gravidade das acusações. Por orientação dos advogados, ele permaneceu em silêncio durante todo o depoimento.

 

 

Apesar de a vítima ter solicitado a retirada das denúncias, a delegada disse que ela relatou mais de uma vez que ele pretendia atirar na boca dela.

 

 

“Narrou mais de uma vez que, na verdade, ele colocou a arma na boca dela. Ela conseguiu, segurando o cano e apontando para baixo, que esse disparo atingisse a perna dela e dele", conta a delegada.

 

Por conta do disparo, a mulher também precisou ser internada no Hospital de Urgências da capital (Hugo), ela recebeu alta no último sábado (26). Anteriormente, ela havia dito à polícia que estava com muito medo e que achava ele uma pessoa "extremamente violenta".

 

 

O médico pode responder pelos crimes de tentativa de feminicídio e porte ilegal de arma. Oito testemunhas já prestaram depoimentos à polícia. Da delegacia, o médico foi levado para a Casa de Prisão Provisória.

 
 

Namorada já foi agredida

 

A delegada Paula Meotti contou ainda que não foi a primeira vez que a mulher foi vítima de algum tipo de agressão por parte do namorado, mas que nunca havia denunciado por medo.

 

 

"Ela nos narrou que ele praticou outras situações de perturbação, ameaça, divulgação de material íntimo dela, mas que nunca procurou a polícia para registrar. Então há um histórico de violência não registrado", completou.

 

Tentativa de feminicídio

 

A delegada Paula Meotti explicou que os fatos e o depoimento da vítima indicam uma tentativa de feminicídio.

 

 

"Algumas testemunhas estavam no local e também presenciaram a forma agressiva como o autor agrediu a mulher durante todo o tempo", relata a investigadora.

 

 

Além da tentativa de feminicídio, a investigação pode apurar o crime de porte ilegal de arma de fogo, segundo a delegada.

 

 

"[Ele pode ser indiciado por porte ilegal de arma de fogo], uma vez que há indícios que ele tenha essa arma de forma pretérita e não apenas para praticar o crime contra a vítima", afirma Meotti.

 

 

O casal estava junto há quatro meses. A mulher relatou à polícia que já tinha sido agredida anteriormente, mas não denunciou o namorado por medo de uma suposta influência social e financeira que o médico possa ter para protegê-lo da investigação.

 

Imagens da agressão

 

Eram 5h40 de sexta-feira (25), conforme registram as câmeras de segurança do hospital, quando começou a confusão. Nas imagens, o médico aparece jogando objetos da bolsa da vítima no chão. Depois, ele arremessa o acessório para longe.

 

 

Em outro momento, a vítima aparece correndo para o carro. O médico tenta tirá-la de dentro do veículo, puxando pelos cabelos.

 

 

O vídeo para e retoma quando a mulher está caída no chão e fora do carro. Em seguida, uma pessoa aparece para tentar ajudar.

 

 

 

Segundo a titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), Paula Meotti, a vítima contou que o cirurgião plástico colocou o revólver na boca dela durante as ameaças. Ainda de acordo com a delegada, a briga teria sido motivada por questões financeiras.

 

Fonte:G1-GO

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