26 de Dezembro de 2020, 16:18
  -  Crime - Rio de Janeiro
Juíza morta na Barra da Tijuca pelo ex-marido levou 16 facadas, diz laudo do IML

A juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, de 45 anos, assassinada na véspera de Natal pelo ex-marido, o engenheiro Paulo José Arronenzi, levou 16 facadas. De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), o corpo da magistrada tinha perfurações no pescoço, rosto e barriga.

 

 

Viviane Arronenzi foi morta, na tarde de quinta-feira (24), pelo ex-marido diante das três filhas do casal. Ela deixava as crianças para passarem o Natal com o pai.

 

 

 

Apesar dos gritos das filhas, que tem idades entre 7 e 9 anos, Paulo Arronenzi não parou de desferir os golpes. Ele foi detido em flagrante por feminicídio logo após o crime por agentes da Guarda Municipal e levado para a delegacia.

 

 

A juíza foi esfaqueada na Avenida Rachel de Queiroz, na frente das três filhas do casal. O assassinato foi registrado em um vídeo que circula nas redes sociais e é investigado pela polícia.

 

 

Paulo José Arronenzi, de 52 anos, não quis falar na delegacia e disse que só vai se manifestar em juízo, segundo informações da polícia.

 

 

Para a polícia, o engenheiro premeditou o crime. No carro dele foram encontradas três facas, mas a que foi usada para matar a mulher, no entanto, não foi encontrada.

 

 

Em setembro, Viviane havia feito um registro de lesão corporal e ameaça contra o ex-marido, que foi enquadrado na Lei Maria da Penha.

 

 

Ela chegou a ter escolta policial concedida pelo TJ-RJ, mas pediu para retirá-la posteriormente.Em setembro, Viviane havia feito um registro de lesão corporal e ameaça contra o ex-marido, que foi enquadrado na Lei Maria da Penha. Ela chegou a ter escolta policial concedida pelo TJ-RJ, mas pediu para retirá-la posteriormente.

 

 

A juíza não foi a única mulher a denunciar o engenheiro para a polícia.

 

 

Em 2007, uma ex-namorada dele registrou ocorrência policial porque estaria sendo importunada por ele, que não aceitava o fim do relacionamento.

 

Entidades jurídicas manifestam pesar e repudiam feminicídio

 

Em nota, o TJ-RJ disse que "lamenta profundamente" a morte da juíza Viviane Arronenzi, vítima de feminicídio.

 

 

Já a Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (AMAERJ) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) emitiram nota conjunta em que expressam "extremo pesar" pelo que classificaram como "covarde assassinato da juíza". As entidades afirmaram que o crime não ficará impune.

 

 

"As entidades representativas do magistrados fluminenses e brasileiros se solidarizam com os parentes e amigos da pranteada magistrada. Este crime bárbaro não ficará impune, asseguramos", enfatiza a nota.

 
 

No mesmo comunicado, o presidente da AMAERJ, Felipe Gonçalves informou que, ainda na noite de quinta-feira, conversou com o secretário de Polícia Civil do Estado do Rio, delegado Alan Turnowski, e com o delegado Pedro Casaes, que esteve no local do crime.

 

 

"Posso afiançar: esse crime não ficará impune. O feminicídio tem o repúdio veemente da sociedade brasileira. O Brasil precisa avançar. O que ocorreu nesta quinta-feira na Barra da Tijuca é absolutamente inaceitável”, reiterou Gonçalves.

 

 

Já a presidente da AMB, Renata Gil, destacou sua "indignação e repulsa" diante do assassinato da magistrada.

 

 

"O feminicídio é o retrato de uma sociedade marcada ainda pela violência de gênero. Precisamos combater este mal”, enfatizou Renata Gil.

 

 

O Ministério Público do Rio de Janeiro também manifestou pesar pela morte da juíza e repúdio ao feminicídio. O órgão enfatizou que irá acompanhar as investigações a respeito do crime por meio da Promotoria de Justiça.

 Fonte:G1
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