A Polícia Civil de Goiás realiza, nesta terça-feira (23), a Operação Último Drink contra um grupo suspeito de desfalcar em mais de R$ 100 milhões o governo de Goiás falsificando notas para distribuidoras de bebidas. Foram cumpridos 12 mandados de prisão temporária e 20 de busca e apreensão, em Goiânia.
Os nomes dos presos e das empresas não foram divulgados. Por isso, o G1 não conseguiu identificar as defesas de cada um para pedir uma posicionamento sobre o caso.
As investigações apontaram que membros de uma associação criminosa levavam vida de luxo por meio de sonegação fiscal e falsificações, vendendo notas falsas até para empresas de outros estados - São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro. Segundo a polícia, entre os "laranjas" havia um faxineiro.
Durante a operação, policiais apreenderam R$ 40 mil em espécie e quatro armas, além de documentos e munições.
Os membros são suspeitos de usar laranjas para desviar o dinheiro público vendendo notas falsas a distribuidoras de bebidas. Comprovada a autoria dos crimes, eles devem responder por associação criminosa, crimes contra a ordem tributária e falsificações ideológica e documental.
O delegado responsável pelo caso, Rodrigo Mendes, explicou que a venda dessas notas é ainda mais perigosa do que pode parecer porque causa prejuízo para os cofres públicos, para os comerciantes honestos e até para a saúde do consumidor.
"Essas empresas objeto dos mandados de busca e apreensão fomentam o mercado paralelo de bebidas produtos de furto e roubo e até de bebidas adulteradas. Isso causa prejuízo para a saúde pública da população e ao comerciante que enfrenta uma concorrência desleal", detalhou.