24 de Setembro de 2021, 14:14
  -  Informativo - Goiás
Governo de Goiás paga R$ 420 mil a influenciar digital

   O governo de Goiás pagou R $ 420 mil para o humorista e influenciador digital Jacques Vanier publicar posts com (Foto: Divulgação Redes Sociais) elogios a estradas e escolas estaduais, no período de retorno às aulas presenciais após fechamento por conta da pandemia do coronavírus. As informações foram criadas pelo blog por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

 

 

   A Secretaria Estadual de Comunicação (Secom) informou que houve pagamento de R $ 245 mil por 15 vídeos de 15 segundos (histórias do Instagram) e 3 vídeos de 60 segundos sobre a infraestrutura do Estado. Segundo a Secom, uma propaganda é de utilidade pública.

 

 

Já para a campanha da Educação, o custo foi de R $ 175 mil, para 8 vídeos de 15 segundos e 1 de 1 minuto. A Secom afirmou que os valores incluem cachê do artista, produção, filmagem e edição. As duas campanhas são deste ano e, segundo o governo, não houve resultados semelhantes em 2020.

 

 


O goiano, natural de Piracanjuba (GO), tem 3,8 milhões de seguidores no Instagram e começou a fazer sucesso com vídeos falando de Goiás enquanto morava nos Estados Unidos. Ele faz o estilo "agroboy", com sotaque carregado, trejeitos de caipira e humor regional.

 

 

A Secom afirma que trata-se de "garoto propaganda de comerciais e conhecido nos meios digitais" e que a contratação atende à Lei de Licitações, que atendimento que o artista deve ser "consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública." A mesma lei também pede uma justificativa da definição do preço.

 

 

Em postagens no Instagram, o comediante aparece em estradas do interior e em uma escola, vestido com o uniforme distribuído pelo Estado.  "Quando é pra criticar o povo é bão, agora pra elogiar é poucos, e nessa eu vou ter que falar: passei no nossa GO 462 e mais uma vez que parabenizar @governogoias, a estrada tá boa demais", (diz).

 

 

 

No post, o perfil do governador Ronaldo Caiado (DEM) comenta: "A estrada está bonita de se ver, não é mesmo? No governo é assim: obra pra todo canto de Goiás e o asfalto é de qualidade! Abraço!"

 

 

 

Em outra postagem, o influenciador - que identifica as publicações como de publicidade - diz que nas escolas da rede estadual "tem uniforme completo, material escolar do bom e até laboratório de ciências".  "Quero aproveitar para elogiar a escola que tava muito bem cuidada pelo governo do meu Goiás. Cês tão de parabéns, @governogoias."

 

 

 

A contratação de influenciadores tem tido destaque no governo federal, mas os cachês têm valores menores, segundo dados oficiais.  Em março ano, a Agência Pública informou que deste o Ministério da Saúde e a Secom gastaram R $ 85,9 mil com cachês a 19 influenciadores contratados para campanhas de divulgação sobre a Covid-19 nas redes sociais.  Em janeiro, foram contratados quatro influenciadores, que receberam total de R $ 23 mil para falar sobre "atendimento precoce".

 

 

O governo de Goiás gastou R $ 33,6 milhões com publicidade no primeiro semestre deste ano, segundo dados disponibilizados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO).  Em todo o ano de 2020, foram R $ 29,3 milhões.  À medida que as despesas crescentes este ano, mas seguindo as normas comuns no governo anterior, que teve média de R $ 120 milhões incorridos em gastos com propaganda.

 

 

 Recurso

 

Em resposta à primeira solicitação feita pelo blog, no dia 17 de agosto, sobre os gastos com influenciadores, a Secom respondeu que não realiza contratação direta e que elas são feitas por meio das agências de publicidade licitadas - 3 em Goiás.  Disse ainda que há informações sobre uma execução de contratos com as agências no site da secretaria.  No entanto, os dados disponibilizados são incompletos e não permite a identificação de influenciadores nem como campanhas realizadas, datas e objetos dos contratos.

 

 

 

A LAI processo que "os pedidos de informação referentes aos objetos de contratos devem ser obrigados aos órgãos e às entidades responsáveis pelo repasse de recursos".  Assim, ainda que as contratações ocorram de maneira indireta, por agências contratadas pelo Poder Público, cabe ao próprio Estado informar os dados dos gastos públicos.  Após protocolo de recurso contestando a informação necessária, houve, enfim, a resposta do Estado, 37 dias depois do registro do pedido.

Fonte:O Popular 

 

 

 

 

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