Neste ano, que ainda não se encerrou, o número é 36.2% maior que em 2018 e 33.9% que em 2019
Aparecida de Goiânia chegou a 24.714 casos de dengue registrados em 2022. Se trata de o maior número da doença dos últimos 7 anos. Também de o maior aumento percentual em relação ao ano anterior no período analisado. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde.
O pico da doença na cidade havia sido em 2018 e 2019, com 18.145 e 18.453 casos, respectivamente. Neste ano, que ainda não se encerrou, o número é 36.2% maior que em 2018 e 33.9% que em 2019 e são referentes até a semana epidemiológica 43.
Quando comparado com o ano passado, o aumento é ainda mais impressionante: 118%. Em 2021 foram registrados 11.315 casos.
No entanto, é bom lembrar que Aparecida de Goiânia não é um caso isolado. O Estado de Goiás é um dos mais acometidos pela doença em 2022, assim como a capital.
Em relação a frequência de casos de dengue notificados por semana epidemiológica, pode-se observar o aumento dos casos notificados nas primeiras semanas deste ano se comparado com os anos anteriores. As semanas seguintes mantiveram a tendência de notificação de casos dos anos anteriores, apresentando uma diminuição do número de casos notificados
Houve um aumento na ocorrência de mortes comparado aos anos anteriores. São 13 óbitos confirmados por dengue e 7 em investigação do Comitê Estadual de Óbito suspeito por Dengue.
Para conter a doença, a prefeitura realiza ações para diminuir o foco do aedes aegipty, mosquito transmissor. Um exemplo foi o recolhimento de cerca de 12 mil pneus descartados ou armazenados incorretamente nas borracharias, oficinas, vias públicas, praças e lotes baldios na cidade.
O coordenador de Vigilância Ambiental, Iron Pereira, que gerencia e acompanha as ações, destaca que os levantamentos feitos em Aparecida apontam que os pneus são “o terceiro principal criadouro do mosquito transmissor da dengue e armazenam água parada em qualquer posição que sejam deixados. O perigo é ainda maior no período chuvoso, quando aumentam os locais propícios para que as fêmeas do Aedes depositem seus ovos. Até minúsculas tampinhas de plástico representam um risco”.