A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou em definitivo, nesta manhã de quarta-feira (28), projeto de lei que aumenta o salário dos deputados estaduais em 37,3% até 2025. A matéria, que reajusta também os rendimentos do vice-governador e de secretários de forma escalonada pelos próximos três anos, teve apenas quatro votos contrários: Lucas Calil (MDB), Eduardo Prado (PL), Humberto Teófilo (Patriota) e Paulo Trabalho (PL).
Ao Mais Goiás, Calil disse que votou contra por questão de estabilidade fiscal. “Eu acho prudente não ter aumento na Assembleia nesse momento, apesar de haver dotação orçamentária própria.” De acordo com ele, é uma questão, também, de sensatez. “É um momento de instabilidade política e econômica. Fim de um governo federal e iniciando outro”, justificou.
Teófilo, que já tinha votado contra no primeiro turno, afirmou que o aumento – que no caso de vice-governador e secretários é de até 50% em três anos – é uma “imoralidade”. “Para o povo resta desemprego, fome e inflação. Em Goiás, mais de 600 mil famílias vivem com menos de meio salário-mínimo. Meu voto foi contra essa imoralidade.”
Como já mostrou o Mais Goiás, a medida segue o reajuste aprovado pelo Congresso Nacional no último dia 20 para presidente, vice, ministros e parlamentares. O aumento dos deputados estaduais será de forma escalonada em três anos, até 2025. Hoje os deputados recebem R$ 25.322,25. Em 2023, passarão a receber R$ 29.469, em 2024 R$ 31.238 e, no último ano, R$ 34.774,64. Isto dá um aumento de R$ 9.452.