Na quinta-feira, 19, a Polícia Civil do Estado de Goiás, com o apoio da Polícia Civil do Espírito Santo, cumpriu Mandado de Prisão Preventiva em desfavor de Hyago Lima Santos, de 27 anos, um dos suspeitos de cometer vários crimes de estelionato em Goianésia. Hyago Lima foi localizado na cidade de Viana, município da região metropolitana de Vitória.

De acordo com a polícia, ao menos 13 pessoas já procuraram a delegacia de Goianésia para registrar o crime de estelionato, onde o prejuízo apurado ultrapassa R$ 60 mil.

As investigações apontam que o suspeito teria utilizado os mesmos “modus operandi” para ludibriar as vítimas. Ele se valia da amizade que tinha com uma das vítimas, pois foi seu funcionário por algum tempo, e enganava as pessoas oferecendo excelentes ofertas de pacotes turísticos e passagens aéreas, que nunca chegaram a ser emitidas. Os crimes teriam ocorrido no início de novembro

A polícia informou que Hyago Lima havia trabalhado como professor de línguas em uma escola de Goianésia, pertencente a uma das vítimas. Por ter essa confiança, ofereceu ao patrão pacotes de viagens com preço reduzido, pois poderiam ser pagos através de milhas. Confiando em seu colaborador, o patrão adquiriu um pacote de viagens cujo os bilhetes e reservas chegaram a ser emitidos, porém logo depois foram cancelados pelo suspeito. Durante todo o processo de compras de pacotes de Viagens, Hyago, prestava assistência e enviava mensagem com fotos do suposto hotel reservado e dos bilhetes aéreos.

Como os pacotes turísticos eram, de fato, vantajosos, uma das vítimas indicou o suspeito para os demais colegas. O prejuízo apurado até o momento chega em aproximadamente R$ 63.000 e o número de pessoas que caíram no golpe das “milhas”, somente na cidade de Goianésia, chega a 13.

Ciente dessa situação, a Polícia Civil iniciou diligências para localizar o suspeito. No desenrolar das investigações, descobriu-se que Hyago Lima contava com a ajuda de um partícipe, identificado como Bruno Campos de Oliveira, 37 anos, que chegou a ser preso em 2019 por vender pacotes de viagens falsos, além de grande quantidade de moeda estrangeira que nunca foram entregues.

Bruno Campos é investigado por aplicar golpes desde 2017, quando virou caso de polícia e de televisão, ao enganar mais de 20 pessoas, se passando por proprietário de uma empresa de turismo em Goiânia, quando na verdade era funcionário, e então vender pacotes de viagens falsos. Desde então, “Brunão”, como é conhecido, não mais retorna as ligações, e seguindo os mesmos “modus operandi” de 2017, encontra-se em local incerto e não sabido.

A investigação persiste visando identificar demais envolvidos. No caso de Hyago, ele encontra-se recolhido na Unidade Prisional à disposição do Poder Judiciário